terça-feira, 29 de novembro de 2011

George Harrison


Uma pessoa
Simples por natureza
Passou por esta terra
Da maneira mais intensa.

Seu tom de voz
Sua leveza
Fizeram com que muitas pessoas
Entendessem um pouco da beleza.

Beleza esta vista por poucos.
Cantar dos pássaros,
Na solidão
No sofrimento.

Este homem
Deixou seu legado.
Não queria fama
Apenas mostrar o seu valor.

Para ele,
Mudar era necessário
Pois é preciso
Acompanhar a vida.

Se pudesse dizer
O quanto para mim você representa,
Não iria apenas falar,
Mas sim, compor uma música.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Marginal Tietê

Passo por ela
E quase choro.
Implora por ajuda,
E socorrê-la, não posso.
Sinto-me impotente
E triste de vê-la assim,
Agonizando,
Com falta de ar, morrendo.
As plantas ao seu lado
Assistem à cena
Como em uma tragédia
Shakespeariana.
Mas só que esta tragédia
Não tem fim,
E os aplausos tão esperados
São abafados pelo cheiro de jasmim

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pobre homem

Um homem
Uma vida
Um sentido
Uma amiga.

O tempo passa
E lá ele continua
Firme, de pé
A espera da lua.

Quanto amor viveu
Um dia foi feliz.
Mas hoje
Vive completamente infeliz.

Pobre homem
Perdeu sua vida
Em um acidente
Na sua cidade, Lima.

Hoje,
Com dificuldade
Apenas olha para o céu
Como nos seus cinco anos de idade.

Um homem
Garoa tímida
Amiga única
Bengala fina.

A Perfeição

Perfeito por si só
Apenas Deus.
Criador do céu e da terra
Da flor e do sol.
Fora Ele
Mais ninguém.

Muitas pessoas dizem
Que errar é humano.
Elas estão corretas
Pois não somos Deus
Estamos longe de ser
Um ser igual a Ele.

Você que busca a perfeição,
Continue, continue mesmo,
Mas não sofra
Não faça como eu.
Apenas viva e se permita
Ser feliz.

Ilusão que se vai
A todo erro que cometemos,
Sozinho sem ninguém
Apenas você e Deus.
Se perdoe e continue
Com o seu ideal.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quatro crianças

Quatro crianças.
Cada uma com sete anos
De idade.

Não sabem o que querem
Muito menos
O que não querem.

No escorregador
Vão deslizando
Vendo a hora passar.

Hora esta que
Na realidade
Pouco importa.

Com certeza
No outro dia lá estarão
No mesmo lugar.

Eles como nós adultos
Estão vivendo
Sem saber que realmente estão.

Eles como nós adultos
Jamais saberão que àquela hora
Nunca mais irá voltar.

A Genialidade humana

A maior complexidade da alma
É aprender a se expressar
Da maneira mais perfeita
para que todos possam entender
O que quer dizer.

Não me refiro
Somente em usar a boca,
Mas sim a mão,
A música,
O coração
A arte
O sofrimento.

A pessoa que encontra
A sua maneira
É considerada
Gênio.

Aliás, você conhece
Algum gênio
Que não conseguiu demonstrar
O que pensa
Do modo mais verdadeiro possível?
Pensou?
Viu, não existe.

Talvez você não queira ser um gênio,
Mas saiba que a grande maioria
Considerada como tal
Nunca quis este rótulo
Muito menos
Acreditou ser um.

Pense nisso!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

USP - Unidos Sem Pensar

A inteligência humana
Mais uma vez surpreendeu.
Como protestar
Sem protestar?

Não sei,
Na verdade
Nem sabia que isso
Era possível.

Era possível não.
É possível.
Estudantes descontrolados
Envaidecidos
Possuídos
Por um falso ideal,
Mascarados desmascaram um público seleto
Do qual muitos gostariam
De pertencer.

Acredito que hoje
Esses muitos
Se tornaram poucos
A não ser pelo motivo
de não pagar para estudar.

Complexo tudo isto.
Complexo até demais.
Uns estudam para na USP entrar
Mas quando chegam
Querem ela logo mudar,
Já outros não podem estudar
Mas sonham
Em um dia apenas nela
Estar.

Policiamento,
Em todo lugar falta,
Agora não será por isso
Que geraremos
Mais violência.
Assim , com certeza,
Diminuirá ainda mais
O poder da ação da polícia.

Enquanto dezenas de policiais
Estavam naquela universidade
Tentando resolver algo banal,
Milhares de pessoas estavam
Sendo assassinadas
Por aquelas outras
Que adorariam
Estar estudando
Para um futuro digno
Gerar.

domingo, 6 de novembro de 2011

A Janela

Dentro dessa casa
Apenas vejo uma saída:
Aquela janela pequena e velha
Localizada no quarto
Da empregada.

A vista é tão linda,
Tão especial.
Mal posso esperar
Para do lado de fora
Observá-la.

É nesse quarto
Que encontro
Minha liberdade
Minha vontade
De viver.

Estou trancado
Soldado
Nessa cadeira de ferro
Com duas rodas tortas
Que pouco posso deslizar.

Janela linda,
Espero que nunca se feche
Fique comigo
E continue dando vida
ao meu único sonho:
o de poder novamente andar.

O Café

Basta um gole
Para você logo realizar
Que está vivo
E pronto pra próxima.

Sei que muitos
Não gostam,
E sei também que
Outros não vêm graça.

O prazer que ele dá
É individual.
Realização, dever cumprido,
Bem estar, tesão...

Na verdade,
Em torno dele
Muitos namoros já começaram,
Muitos negócios se fecharam
E muitos livros finalizados.

Pode-se apreciá-lo de várias formas,
Mas é naquela xícara,
Fina e comprida
Que ele se torna especial
E ganha vida.