terça-feira, 30 de novembro de 2010

A vida como ela é

Uma amargura contida
Um sentimento reprimido.
Este mundo de lobos
Para poucos foi construido.

Para viver nele
Precisa sorrir,
Talvez amar,
E até mentir.

Não temos muitas opções
Se você é um sonhador, acorde...
O tempo está passando
Sua ideologia não passa de um plano

Quantas vezes já se ouviu falar
A vida é dura meu caro.
Acorda rapaz!
Você é muito ingênuo.

Realmente, ta na hora de acordar
Ninguém quer dormir para sonhar.
É preciso ser o mais forte
Para se adaptar.

Saibam que aquela linda borboleta
Delicada e colorida,
Por um bicho qualquer,
Foi engolida.

Estou pensando em:
Tirar a maquiagem
Entrar na academia
E ter algumas boas aulas de malandragem.

É meu caro
Acorda, o tempo ta passando,
Essa sua vida imaginária
Está perdendo o encanto.

Sabe de uma coisa?
Desconsidere tudo que foi dito até agora...
A vida é uma só, seja você.
Siga seus instintos...seja feliz.

Não existe regra.
Pelo contrário, o mundo é o que é
Por ter pessoas
Que criam regras.

Eles são feitas para reprimir
Para desinibir
Pensamentos indolentes
E arrependidos.

Você...seja o mais fraco.
Saia por aí...
Enfrente o mal
E acredite em ti.

Todos somos merecedores
Estamos aqui não por acaso.
Porém se você descobrir
Me deixe um recado?

A humildade é o combustível,
O amor a direção
Auto conhecimento é o co-piloto
E Deus é a razão.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fab Four

Uma mistura simples
Se fez o diferente.
Olho para eles
E então me encontro.


Uma sensação me possui
Sinto esperança
Acredito em algo
sigo o caminho.


Cada letra percorre minhas veias
Como um combustível
Fornecendo energia
Me restabelecendo.


Alegria sinto cada segundo
Me faz acreditar
apenas acreditar,
Em algo que estar por vir.


Em poucas palavras
Tento resumi-los.
Mas em uma digo
Amor é The Beatles.

Desabafo

Vontade de escrever
Agora tenho.
Mas nada produtivo eu crio.


O motivo me instiga
E a curiosidade e questionamentos
Aparecem como disco voador.


Onde vou parar?
Minha cabeça não desliga.
a tomada não consigo encontrar.


O segredo vou desvendar
Enquanto isso
tento criar, criar e criar.

Vocação

Tudo que eu queria
Era poder ser importante
Pela minha obra
Por minha criação.


Cativar milhares de pessoas
Introduzir o amor.
Ver pessoas sorrindo
Com um gesto simples.


Por quê não descobri minha vocação?
Chegar lá?
Talvez não...
Mas quem sabe então...


Por isso, minha vida vou continuar,
Alegrar pessoas
Palavras de amor citar
Viver um dia após o outro.


Vou lutar
Para todos me conhecerem.
Pretendo o meu dom encontrar
Para este objetivo alcançar.


Minha vida
Pequena casa de show
Que logo logo,
A platéia, não irá suportar...

O Atelier

No meio das estradas sombrias
Uma casinha havia.
Era triste, abandonada...
Rebocada e descolorida.


Todos que por lá passavam,
Curiosos questionavam.
O que aquele homem sujo
Fazia ali parado;


Todos os dias
Ele parecia solitário.
Olhar vazio,
Perdido naquele céu estrelado.


Pouco tempo depois
Um rapaz não o viu.
Resolveu no acostamento parar
E na casa adentrar.


Quadros quebrados
Tintas espalhadas.
No cavalete uma tela branca
E em cima do móvel, uma carta.


Um artista
Que aos trinta
Perdeu sua mulher
E a filha.


Uma vida, uma morte.
Tudo se explicou.
A inspiração morreu.
Juntamente com o seu amor.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Paul no Brasil

Como uma magia
Dois momentos
Se transformou
Em somente um.


Só um mágico
Pode misturar as coisas assim.
Ou uma pessoa
Muito especial.


Cada piscar
Um coração pulsava
Cada nota
Uma lagrima rolava


De tão inesquecível
Quero esquecer
Para apenas imortalizar
E não sofrer.


Você no meu coração está.
Mesmo sem ao menos imaginar.
Se um dia eu te ver na rua, andando de bicicleta.
Aí então você saberá.

O silencio

Cada pessoa
Um argumento.
Alguns olhares
Vários pensamentos


Ao redor
Tudo se perde.
Opiniões diferentes
Misturadas se divergem.


Cem palavras por segundo
Eu escuto.
Duas delas
No bolso coloco-as


Um dia
Talvez irei usar.
As outras noventa e oito
Nesta vida, não sei...


Por se falar muito
O mundo está vermelho
Assassinatos diários
São cometidos diante do espelho.



Vou encerrar
Afinal, estou falando com as mãos.
Vou ficar quietinho
Deixa eu prestar atenção.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Onipresente

Sempre ao teu lado
Estou
Mesmo distante
Te abraço

Por alguns instantes
Reflito
Como és importante
Repito


Num horizonte infinito
Te encontro
E no meu quarto escuro
Eu canto


Com tua presença
Eu mudo
Ao te escutar
Me calo


Uma parte de mim
Procuro
Porém você
Eu já achei

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Prisão

Uma mulher

Triste,

Cansou,

E partiu.



Seu marido

Nada dera para ela.

Apenas aquela cueca

Suja para ser lavada.



Ela até que resistiu

Com ele vinte anos ficou.

Hoje com cinqüenta e dois

Ela o abandonou.



Está livre,

Feliz está.

Além de lavar cuecas

Um feijão sabe cozinhar.



O mínimo ela aprendeu

Do mínimo ela precisa.

Agora está livre

Se sente linda.



Voa mulher

vai atrás da sua felicidade.

o tempo não passou

isso é liberdade.

A banana

Um tucano

Sobre uma casa avoava.

Nunca de lá saiu.



Sempre feliz

Esperava a dona de casa

Dar-lhe uma banana.



E por lá continuou

Sorriu,chorou...

Nunca desistiu.



Livre ele era

A patroa  não prendia.

Simplesmente o amava.



Sua casa era o telhado.

Quebradiço e velho.

Um dia partiu.



Nunca mais o viram por lá

Ele desapareceu

Acabou-se a banana

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lugar inesquecível

Uma casa
Fria e sombria.
Um girassol
Esperançosa sorria.


Através da janela
Via as outras flores
Livres
E felizes.


Era só o sol nascer
Ela toda se arrumava.
Se penteava ,
E se maquiava.


O seu único amigo
Era um sabiá
Com ele
O girassol aprendeu a amar.


A casa ainda vazia
não tinha ninguém para regá-la.
O seu rosto bonito
Começou a enrugar.


O tempo passava
e ela chorava.
e com suas próprias lagrimas
Se alimentava


Depois de alguns anos
Aquela casa lá estava.
E o sabiá,
Por lá continuava.


Aquele lindo girassol
Nada mais escuta.
E o amor e a solidão
A vida continua.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os três patos

Três patos
Felizes por ai nadavam.
Eram livres,
Apaixonados pela vida estavam.


A casa
Era um lago,
Não tão grande ,
um pouco esverdeado.


Apenas no verão
Temiam o pior.
Um feio caçador
Atirava sem dó.


Em um final de tarde
O pior aconteceu.
Um dos patos
Fora atingido e morreu.


Desde então
Os dois que sobraram
Não tiveram sossego.
A felicidade padeceu.


Muitos caçadores
Lá passaram a freqüentar.
Os bons momentos,
Só se pode recordar.


Acabou a alegria,
O lago escureceu.
A liberdade tão apreciada,
Simplesmente desapareceu.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dia de Jogo

Um pretexto

O cigarro

Jogo na tela

E o bar lotado



Cerveja não muito gelada

Clima de tensão

Cada gole que eu dava

Uma nova instrução



Juro,por ali

mais de dez técnicos vi

uns mais irritados

e outros nem aí



terminei meu copo

pedi licença

o garçom bravo disse:

senta!!!



Brasil

um grande palco.

Milhares de atores e atrizes

encenam o desabafo

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia de finados

Um sol diferente

Uma tarde comum

Crianças brincando

Sanduíches de atum.



Quanta alegria

Muita saudade

Um gole de água

Para aliviar a cidade.



Andando por aí

Tudo se pode encontrar

Comportamentos humanos

Fotos para tirar.



Esse dia,

Difícil de esquecer

Andará ao meu lado

Até ao anoitecer