quinta-feira, 30 de junho de 2011

A chance

Se tivesse uma chance
Apenas uma chance
Para provar
De como sou
Bom e feliz
Não hesitaria
Em dizer
Que a vida
É uma só
Para sermos
Mais de uma pessoa.

Eu iria dizer:
Seja você
Seja verdadeiro
Seja feliz

terça-feira, 21 de junho de 2011

O sequestro

Numa rua movimentada
Caminhava eu e meus pensamentos...
Para falar a verdade
Isto é a última coisa da qual me lembro.

Acordei em um lugar diferente.
Tantas eram as cores
Que em princípio
Foi um tormento.

Com o tempo fui me acostumando
Tudo parecia tão lindo.
As flores belas
Sorriam aos pássaros sedutores
E o lago cristalino
Banhava-se juntamente com as vitórias-régias
Preguiçosas
Que deste lago utilizavam de colchão.

No horizonte
Uma luz brilhante.
Meus olhos logo
Se calaram.

Então ouvi uma voz grave mas delicada:
“Eu sou o amor,
Te sequestrei de seu mundo triste
Para viver comigo
No meu mundo
Eternamente.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O detetive

As palavras
Pelas minhas entranhas
ousam escapar.

Algumas conseguem fugir
Outras consigo apreender,
Mas são tão poucas.

Por isso,
Venho nesta praça
Colocar uma placa
De cada verbo,
Substantivo,
Adjetivo
Fugitivo.

Nelas está escrito:
Procurado “x”,
Pago-lhe uma boa recompensa.

Enquanto isso,
Saio pela rua
Atrás de mais algumas
Palavras criminosas
Perigosas
E loucas de amor.

sábado, 11 de junho de 2011

Esperança

Uma necessidade
Uma vida.
Sonhar
Nos torna
Fortes
Esperançosos
Para enfrentarmos
Mais um dia.

Sonhar é
O combustível
Para se andar
De Lá para cá.

Se um dia
Ele acabar,
Pobre coitado
Ficará parado
Naquele mesmo lugar.

Eu não paro
meu tanque está cheio.
se preciso
viajarei o mundo,
umas três vezes,
para ti encontrar.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A grande visita

A morte
Em breve
Se apresentará.

Para alguns
Ela se tornará
Íntima.

Já para outros,
Bastará
um simples olhar.

Não adianta preparar o café,
Sua visita
É do tipo inesperada.

Caso queira esperá-la
Caíra em profunda depressão
Como uma desilusão amorosa.

Sente em sua poltrona preferida
sinta sua vida
Sem na morte pensar.

Um dia, de repente,
Ela lhe dará bom-dia,boa-tarde
Ou porque não, boa-noite.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Poesia é...

Mas o que é poesia?
Talvez um amontoado de palavras
Que como bailarinas
Flutuam e param
No ar
Esperando a foto
Daquela garotinha
Que sonha um dia
Estar lá.

Ou porque não
Sentimentos puros
Sem filtros,
Uma espécie de desabafo
Vindo de um homem
Triste por ter perdido
A mulher que ama
Para o melhor amigo
Sempre bom de cama.

A saudade já apertada
De uma morte
Inexplicada
Que um dia
Ninguém ousou em dizer
Que tal tragédia
Poderia de repente
Desta maneira
Acontecer.

Juro que para mim
Poesia não tem regras.
Para fazê-la
Não precisa de estudo
Ler Fernando Pessoa
Muito menos Drummond.
Poesia se forma com sentimentos sinceros,
Que como mágica,
Brotam de um vivo coração.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Se nesta vida...

Se nesta vida
Eu parar de criar,
Só no calabouço mais obscuro
Poderá me encontrar.

Ali, aqui
Em qualquer lugar,
Estarei a pensar
Em mais uma nova criação.

Se queres preservar minha felicidade
Me incentive, até o fim,
A sonhar.

Enquanto isso
Respiro o mesmo ar
Da minha imaginação.

domingo, 5 de junho de 2011

Preocupação

Se na vida,
A preocupação ganhar
Sempre haverá derrota,
Triste será.

Todos os passos
São cautelosos
Devem ser silenciosos
Para se chegar lá.

Impasses virão
Junto com as desilusões
Do inesquecível verão.

Se souberes administrar isto
Será ,além de muito feliz,
Uma pessoa bem-sucedida.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Felicidade e a Tristeza

Como veia e sangue,
Felicidade e tristeza
Juntos sempre estão,
Não conseguem se separar.

Talvez nesta relação
Haja muito amor,
Pois como alguns sabem
Ele é a salvação.

Então, se a felicidade
Depende da tristeza para sobreviver
Sofrer muito para quê?
Sempre no final o amor tranparece.

O ciclo é este:

Primeiro ficamos tristes,
Refletimos sobre algo novo.
Neste instante a felicidade surge
E começa com a tristeza discutir.

No Final da conversa
A tristeza desiste
Percebe que sem razão está...
Não refletiu.

Neste momento
A felicidade novamente aparece
Começa a atuar
De maneira ainda mais clara.

E assim continuemos,
Até o próximo dia
Em que algo novo
Surgir sem avisar.

Canto meu...

Sozinho
Em um quarto
Me sinto um criminoso.
Agrido uma tela simples,
Inocente, nua.

Alí também,
Diante do espelho,
Reflito sobre o mundo.
Tristeza e alegria
por lá estacionam.

Daquela estreita porta
Nada sai.
Apenas o cheiro
Do suor da tinta
Que por longas horas trabalhou.

O meu mundo paralelo
Ainda não encontrei,
Mas é naquele pequeno espaço
Que viajo
No espaço meu.