No meio das estradas sombrias
Uma casinha havia.
Era triste, abandonada...
Rebocada e descolorida.
Todos que por lá passavam,
Curiosos questionavam.
O que aquele homem sujo
Fazia ali parado;
Todos os dias
Ele parecia solitário.
Olhar vazio,
Perdido naquele céu estrelado.
Pouco tempo depois
Um rapaz não o viu.
Resolveu no acostamento parar
E na casa adentrar.
Quadros quebrados
Tintas espalhadas.
No cavalete uma tela branca
E em cima do móvel, uma carta.
Um artista
Que aos trinta
Perdeu sua mulher
E a filha.
Uma vida, uma morte.
Tudo se explicou.
A inspiração morreu.
Juntamente com o seu amor.
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