terça-feira, 13 de março de 2012

A doce saudade

O dia frio trás alegria para um velho,
Sente-se como um pássaro protegido,
Em um ninho construído para isso,
Recompensa de um esforço proibido.

A saudade, com os flocos brancos, chega e amedronta,
Algumas palavras ela troca com delicadeza
Mas prefere não seguir e dorme naquele sofá
Herdado por sua querida e amada mulher.

O sofrimento é inevitável e lágrimas salpicam
Aquele chão de madeira ipê que tanto foi judiado
Por sapatos elegantes e vadios
Em festas organizadas por ela.

O sol chega e a janela tímida se espreguiça lentamente,
E junto, solta um suspiro aliviado
Um sopro quente vindo do quintal
Cuidado por ela, sua querida e amada mulher.

domingo, 11 de março de 2012

Aula de Astrologia

Astrônomos falam
Com freqüência
Sobre outras galáxias.

Eles viajam literalmente.
Basta olhar para o nosso planeta
Que logo eles encontraram
O que tanto procuram.

Quantas pessoas,
Quantas culturas,
Quantas raças.

Cada um de nós
Temos uma cabeça
Com formato, em sua maioria,
Circular.

Estes são os planetas
Que estes cientistas
Tanto querem encontrar.

O número
de galáxias são tantos,
Que enquanto houver humanos,
Ele será infinito.

quinta-feira, 1 de março de 2012

A verdade

A inspiração vem e volta
Não avisa.
O tempo de exercitar chega
E aí complica.

Complica, pois se tentamos
Não sentimos
E se não sentimos
Não nos expressamos.

Louco saber que,
Em um passado próximo,
Minh’alma borbulhava
Sentimentos verdadeiros

Hoje, a única verdade
Que ela sente
É de que para me expressar
Não falta vontade.

O curto tempo
Limita a criação.
A verdade sofre
Nesse mundo de cão.