terça-feira, 13 de março de 2012

A doce saudade

O dia frio trás alegria para um velho,
Sente-se como um pássaro protegido,
Em um ninho construído para isso,
Recompensa de um esforço proibido.

A saudade, com os flocos brancos, chega e amedronta,
Algumas palavras ela troca com delicadeza
Mas prefere não seguir e dorme naquele sofá
Herdado por sua querida e amada mulher.

O sofrimento é inevitável e lágrimas salpicam
Aquele chão de madeira ipê que tanto foi judiado
Por sapatos elegantes e vadios
Em festas organizadas por ela.

O sol chega e a janela tímida se espreguiça lentamente,
E junto, solta um suspiro aliviado
Um sopro quente vindo do quintal
Cuidado por ela, sua querida e amada mulher.

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