terça-feira, 26 de junho de 2012

Agradecido

Parei de escrever,
Parei de sonhar.
A mediocridade ousa em me chamar
Mas a resisto
Com fé em cristo.

A vida pouco sabe
O que comigo acontecerá.
Ela apenas me mostra
Que ninguém
É capaz de domá-la.

Sigo em frente, adiante,
Como São Francisco ensinou.
Quando olho para trás
Não vejo nada
Apenas uma luz que guia meu caminho.

O que serei,
Não sei.
Mas de uma coisa tenho certeza:
Sou muito agradecido
Por estar aqui escrevendo.

3 comentários:

  1. Caro Bulca !

    Gostei muito da frase dedicatória do teu blog ! Acredito que as pessoas devem perseguir os seus sonhos ! E não pararem de escrever !

    Como te prometi, seguem uns versos do meu avô - João Belém (1874-1935)!
    Ele era muito criticado pela sua boemia...por isso fez essa sátira para quem dorme cedo !
    P.S.: O portugues é arcaico

    "Que durma quem quizer! É justo que o que tem Uma alma que lhe pesa e custa a carregar
    Deve dormir cedo e dormir muito bem.
    Porque não é brinquedo um dia inteiro andar Carregando um tambolho, um fardo mais pesado Que a cruz em que morreu Jesus crucificado.
    Nem por isso se deve
    Entando comndenar a quem tem alma leve,
    Alma de borboleta
    Ingênua, inquieta.
    Pois que culpa tenho eu que me desse a Natura
    Uma alma que não pesa e que tem aza e voa
    E se arroja na altura
    Infinita do céu?!... Que culpa tenho?! E boa...
    Accusam-me por isso, eu sei, querem que eu seja
    Austero, circunspecto
    Como um santo de pau no nicho de uma egreja
    Solennemente quieto,
    Ou pedante burguez
    Que espírito não tendo, affecta sisudez."


    Outros versos dele sobre a mulher amada:

    "Para a santa que adoro o meu mais simples verso
    Vale mais que o maior tesouro do Universo...
    Si eu não fosse poeta, não amasse as estrellas,
    Não ficasse alta noite, embevecido, a vel-as,
    Decerto eu não teria apaixonado um anjo,
    -Um corpo de mulher com coração de archanjo."

    Um abração do Tio Jó !

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  2. Volte mais vezes Henrique Bulcão, sua poesia faz falta!

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