domingo, 29 de maio de 2011

As Laranjas


Todo dia às cinco da manhã
Seu Antônio acordava
Com o galo cantando,
Para o seu café coar.

Nada pensava,
Apenas refletia sobre sua velhice
Sua vida tardia,
Que Deus deu-lhe de presente.

Andava por longas horas,
E naquela mesma e única praça
em um banco qualquer sentava
para agradecer o seu destino.

Mas era depois do almoço
Que da vida esquecia.
Era no seu pequeno quintal
que conversava com as laranjas.

Elas com complacência
Apenas o escutava
E deixavam
Aquele velho sábio
Com sua boca murcha explorá-las silenciosamente.


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