quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Contrariedade

A contradição caminha ao meu lado
De mãos dadas
Com o único medo
De ser abandonada.

Já me vira de todos os jeitos
Agressivo, meigo,
Sutil
E grosso.

O meu coração respira
Na mesma toada que minha cabeça.
Meu pobre coração
Minha esperta cabeça.

Sou explícito
Não há meio termo.
Tento adestrar ou não
Meus pensamentos?

Como já dizia John Lennon
Não há ninguém em minha árvore...
Deve estar acima
Ou um pouco abaixo.

Essa intensidade determina
O que sou,
É a minha alma
Numa tela colorida de um por um e trinta.

E se não escutasse
Minhas necessidades?
Se tentasse
maquiá-las?

Com certeza não estaria aqui
Em um banco de plástico
No meio de uma praça
Escutando um concerto de Bach fantástico.

Agrado poucos
Enojo muitos.
Tentarei agradar mais
Para da sociedade participar...que tal?

Enquanto isso
A vida continuo.
Feliz como nunca
Me imortalizando no meu mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário